Há outro filme português no programa da 76a edição do Festival de Cannes (de 16 a 27 de Maio), foi hoje anunciado: trata-se da nova longa-metragem de Filipa Reis e João Miller Guerra, produção de Uma Pedra no Sapato. A dupla está seleccionada para a mais prestigiada das secções paralelas do festival, a Quinzena dos Cineastas, com Légua, filme que na sua colaboração sucede a Djon África (2018).

Na semana passada, os programadores da Selecção Oficial anunciaram a dupla João Salaviza/Renée Nader Messora na secção Un Certain Regard com A Flor do Buriti, prolongamento de uma relação com a comunidade indígena Krahô iniciada em Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos, que valera a Salaviza/Messora, na mesma secção, em 2018, o Prémio Especial do Júri.

Filipa Reis e João Miller Guerra regressam com a sua segunda longa de ficção, após vários documentários em conjunto, ao circuito dos festivais internacionais. Djon África estreara- se no Festival de Roterdão em 2018. A acção de Légua, segundo informação da produtora, decorre numa antiga casa situada no norte de Portugal que está desocupada pelos donos que nunca lá vão. Há assim três gerações de mulheres, a governanta da casa, a filha e a amiga, num mundo que se desvanece.

É também o regresso da produtora Uma Pedra no Sapato a Cannes, depois de Diários de Otsoga, de Maureen Fazendeiro e Miguel Gomes (na Quinzena; co-produção com O Som e a Fúria), em 2021, e de Dia de Festa, de Sofia Bost , na Semana da Crítica, em 2019.